![]() Poeta marginal
Eu sou um viciado, um drogadicto, que fuma poesia nas esquinas, e soca pó de livro nas narinas, só para sentir a dor do infinito. Eu sou um viciado, admito! que bebe do orvalho da aurora e sonha, até a lua ir embora, que o sol há de nascer bem mais bonito. Eu sou um traficante de emoções, dos guetos mais remotos do Parnaso, que rouba a beleza do ocaso e vende à arte pura de Camões. Eu sou um meliante em extinção: um velho Robin Hood da paixão que furta um amanhã a cada dia. Um bandido sem arma e sem maldade que tenta, a todo custo, mesmo tarde, roubar, da rima rica, a poesia. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 28/01/2021
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