No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Insigth 

Há muito não escrevo um poemeto!
É hora do almoço, sinto fome!
Chamo um garçom antigo (pelo nome)
e peço um churrasquinho no espeto.

O maître, em seu smoking branco e preto,
abre um sorriso alegre de cifrão,
enquanto o chef doura no fogão
a coxa suculenta de um galeto.

De repente me veio inspiração!
Peguei um guardanapo do balcão,
um verso que venceu a palmatória...

e rabisquei a pena, displicente.
A poesia veio, de repente,
como soubesse o fim dessa história:

um cigarro, um copo, um guardanapo...
um príncipe poeta, ainda sapo,
e um beijo enferrujado na memória.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 29/01/2021
Alterado em 29/01/2021
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