![]() " Há razões para pensar que a língua é, toda ela, obra de poesia." José Saramago
A língua torta do Parnaso A língua que se fala no Parnaso (acaso o Parnaso tenha alguma) é mais ferina e vil do que supunha a testemunha viva do ocaso. A língua que se fala no parnaso tem prazo limitado de valia. À noite, dá-se à luz da poesia, de dia, dá-se à sombra do descaso. A língua do Parnaso é, toda ela, um osso (atravessado na goela) que algum dia fora um esqueleto: a tíbia, o perônio, o temporal... ou um osso qualquer que, bem ou mal, possa somar um verso ao soneto. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 08/02/2021
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