![]() Poeta penitente
Quando a morte levar-me pro inferno, eu fugirei, pois sei um bom caminho. Vou bater asas, qual um passarinho, nos ares abissais do fogo eterno... No purgatório, o quintal vizinho, eu fingirei que sou um querubim. De novo, bato asas... e assim... hei de chegar ao céu azul-marinho. Em lá chegando, Deus, santo caudilho, há de reconhecer-me como um filho, que regressou do mundo ao lar paterno. Ele ouvirá silente a minha história. E os santos, em menção à sua glória, me levarão, às pressas, pro inferno. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 02/04/2021
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