![]() Saudosa maloca (um poema do crioulo doido)
Num edifício alto, assobradado, a par da Ipiranga e da São João, havia uma maloca em construção. Não sei se o senhor está lembrado! Oscar, o Niemeyer, deu razão ao vizinho do lado, pobre moço, que enlaçou a corda no pescoço, e pôs-se a deslizar no corrimão. Morreu sem encontrar a solução pra dor de seu amigo, Mato Grosso. Que sentia doer a carne, o osso, o intestino grosso e o pulmão. Esse edifício alto foi ao chão e com ele a maloca, o coração do Joca, do Ernesto, do Oscar... E ao cair a última parede, meu coração quase morreu de sede, e o rio, que chorei, encheu o mar. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 23/06/2021
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