![]() O bolero do crioulo doido
Ravel chegou de noite em Teresina, debaixo da nevasca de verão, em uma noite fria de São João, à base de quentão e cajuína. Agarrou a safona, o violão... Mijou atrás do poste, na esquina, às duas ou três horas da matina, e tocou, de Elis, Fascinação. Tocou também um frevo de Beethoven, que, até agora, todos os que o ouvem pensam ouvir um fado de Lisboa. Ravel fez da doidice um bolero. E, por ser um sujeito mui sincero, embora um poeta, é gente boa. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 25/06/2021
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