No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Mata-borrão da estória

Na távola redonda, à cabeceira
sentava-se o mais nobre cavaleiro.
Na cadeira vizinha, pelo cheiro,
sentava-se o gambá da feiticeira.

O rei Arthur, em busca de dinheiro,
criou um banco, à moda brasileira,
e pôs os cavaleiros na coleira,
até que o cão pariu Pedro Primeiro.

E foi assim que veio a esse mundo
a puta que pariu Pedro Segundo,
nos porões dos navios lusitanos.

E o rei Arthur fincou a sua espada
no imenso coprólito da fada
madrinha dos cagões americanos.

Não fosse a aversão pelo "hermanos",
a cor da Casa Branca era rosada.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 26/07/2021
Alterado em 04/03/2022
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