No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

POEMINHA SEM OBJETIVO

Me elogia, vai!

Escreve um troço, aí!

Não dói não; faz de conta

Que eu morri.

Millôr Fernandes

 

POEMINHA COM OBJETIVO ESCUSO

 

Crítico lierário, meu poeta,

É, simplesmente, aquele tal sujeito

Que consegue encontrar algum defeito

Muito antes da obra estar completa.

 

Se conhece de longe pelo jeito

Arrogante de ser e de falar...

Se acha autoridade, um tzar

Das letras e da arte... o eleito!

 

Pois eu, que faço versos a granel,

Não sei exatamente o papel

Do crítico, no chão da poesia.

 

Me curvo ao aplauso e à vaia

E, alegremente, caio na candaia

Pra fingir que fingi que não fingia.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 09/11/2022
Alterado em 09/11/2022
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras