No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Soneto surreal VI

Sou a metamorfose ambulante

Do tempo que Raul era maluco.

Mas hoje, simplesmente, me ocupo

Em escrever o óbvio ululante.

 

Talvez o Raulzito ainda cante,

E conte que nasceu há dez mil anos,

E que lutou com gregos e troianos,

Ou uma alternativa interessante:

 

Quem sabe profecias de Alcapone?

Que sabe vai passar a noite insone,

Tentando embarcar nos trem das sete?

 

Quem sabe vá morar com Zé Ramalho?

Quem sabe vá guardar um ato falho,

No pano que gîtâ guarda confete?

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 16/03/2023
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