No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Soneto surreal X

Verso após verso, e rima, e coisa e tal...

Enterro o Surreal neste soneto.

E, voluntariamente, lhes prometo,

Aposentar a pena surreal.

 

Vou visitar Pessoa em Portugal...

Rever os alfarrábios do Parnaso...

Vou dar, ao meu Neruda, um novo prazo

E misturar Quintana com Cabral...

 

Vou refazer os veros surreais

E recitar, até não querer mais,

O velho e previsível Herculano:

 

Falar de amor, e flor, e dor, e medo...

Dormir bem tarde, acordar bem cedo...

Pra reviver o meu quotidiano.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 22/03/2023
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