![]() Pavão AtômicoA calda desenhada em branco e preto, O bico de grafite apontado, Uma asa a bater de um só lado, Os pés uma emenda no soneto.
Um olho um farol avariado, O outro, uma lâmpada queimada, O voo claudicando para o nada, O canto um eco triste do passado.
Eis, pois, o meu pavão surrealista: Um aborto de arte, deste artista, Pintado pelas mãos da poesia.
Espero que ele voe pro Parnaso, E chegue, com mil anos de atraso, Bem onde "Abaporu" fez moradia. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 20/03/2025
Alterado em 20/03/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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