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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Escatologia Surreal

O camarão pensou que era poeta

E atiçou os vermes da cabeça.

Pariu um filho, espero que não cresça

Até que a refeição seja completa.

 

O camarão tem merda na cabeça,

Mas pensa muito mais que a maioria,

E da fome mental que se apropria

Pra devorar a fez que lhe apeteça.

 

Tal como os imortais da poesia,

O camarão também se delicia

Com o bolo fecal do literato.

 

Mas há uma enorme diferença!

É que o literato às vezes pensa

Seguir o camarão pelo olfato.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 14/04/2025
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