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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

A matemática do nada

O nada é o zero menos hum,

Vezes hum menos zero ao quadrado,

Sobre a fração do "ENE" calculado,

Pelo Múltiplo Mínimo Comum.

 

O nada pode ser multiplicado,

Dividido e, também, subtraído,

Por um vetor, sem seta, extraído

De qualquer um dos lados do quadrado.

 

Mas quando o nada vira poesia,

O zero menos hum reverencia

O pai da matemática moderna,

 

E Descartes, então, vira poeta.

O vetor finalmente encronta a seta,

Enquanto a matemática governa.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 02/06/2025
Alterado em 03/06/2025
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