No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Mineirice nordestina

Eu já "quebrei a urna" tantas vezes,

Quanto 'laveia a égua", meu rapaz!

Por tantos, tantos, tantos, tantos meses...

E ainda consegui viver em paz.

 

Hoje "quebrar a urna" não é mais

A singela metáfora d'outrora,

Mas o grito de guerra dos chacais

Que ladram pelas ruas, como agora.

 

Pudesse e voltaria ao passado

Onde quebrar a urna, simplesmente,

Era honrar o sêmen derramado.

 

Contudo, que ora vivo o presente,

Depois dum oceano navegado,

Troquei o "arre égua" por oxente.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 02/12/2022
Alterado em 02/12/2022
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